Navegando por Assunto "Eefluente líquido de laticínio"
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- Tanino como alternativa ao uso de coagulantes químicos no tratamento de efluente de laticínio(2020) Oldoni, Bianca Trindade; Steffens, JulianaA indústria de laticínios é um dos principais setores de produção alimentícia mundial, recebendo grande destaque no Brasil. No entanto, ela está entre as maiores poluidoras por conta das elevadas taxas de emissão de efluentes devido ao uso de água em variadas etapas dos seus processos. Tendo em vista a redução dos impactos ambientais e as legislações vigentes de lançamento de efluentes, estas indústrias buscam realizar tratamentos sustentáveis e mais viáveis destes resíduos, como a aplicação de coagulantes naturais em seus processos. Os métodos mais comuns para o tratamento são os físico-químicos de coagulação-floculação, caracterizados pela clarificação das águas e concentração de sólidos em forma de flocos, impulsionados pelo uso dos coagulantes inorgânicos ou orgânicos. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da aplicação de coagulante natural à base de tanino (Tanfloc SG) em relação à aplicação de coagulantes inorgânicos (sulfato de alumínio, policloreto de alumínio e cloreto férrico) no tratamento de efluente líquido de laticínio. Para tanto, foram realizados testes independentes de coagulação entre duas marcas distintas de leite em pó que simularam o efluente, através do uso dos coagulantes de tanino, sulfato de alumínio, policloreto de alumínio e cloreto férrico. Desse modo, foi selecionada a marca mais efetiva, além das dosagens mínimas necessárias de cada coagulante. Esta seguiu para um procedimento de coagulação-floculação simples a partir da concentração mínima encontrada dos coagulantes. Como resposta da eficiência do processo, foram acompanhados os parâmetros de pH, cor, turbidez, sólidos totais (ST), sólidos suspensos (SS), sólidos sedimentáveis (SSed), carbono orgânico total (COT) e nitrogênio total (NT), além das porcentagens de remoção de cor, turbidez, COT e NT. As análises mostraram que os tratamentos geraram um efluente pós-tratamento que atende os padrões estabelecidos pela legislação para lançamento em corpos hídricos, exceto pelo ajuste necessário do pH para algumas amostras coaguladas com cloreto férrico e sulfato de alumínio. Foram observadas diminuições de cor e turbidez (~99%), para todos os coagulantes utilizados. Para a COT e NT, pode-se verificar reduções mais efetivas para o tanino e o policloreto de alumínio, entre 80 e 90%, respectivamente. Os coagulantes foram comparados posteriormente quanto à viabilidade econômica a partir do custo por m³, trazendo o tanino como de menor valor. Portanto, com base nos resultados encontrados, é constatado o tanino como uma alternativa mais barata, viável e eficaz de tratamento aos coagulantes químicos, além de causar menor dano ao meio ambiente por ser de origem natural, sendo considerado sustentável.