Interrupção da gestação em caso de malformação congênita incompatível com a vida na percepção de mulheres não gestantes

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2024

Resumo

A legislação brasileira prevê a possibilidade de interrupção da gestação em casos de risco de vida materna, abuso sexual e anencefalia, permanecendo desamparadas gestantes de fetos com outras malformações congênitas incompatíveis com a vida. Dessa forma, esse artigo apresenta a opinião das mulheres não gestantes de um município do Norte do estado do Rio Grande do Sul, acerca da interrupção ou manutenção da gestação em malformações congênitas incompatíveis com a vida, no intuito de refletir condutas adequadas para o bem-estar físico e mental da mulher e familiares, no que concerne à escolha da interrupção da gestação e suas correlações socioeconômicas. Desse modo, foi realizada uma pesquisa de campo observacional, analítica-transversal, em 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município de Erechim, sob a forma de questionários. As participantes responderam questões como nível de escolaridade, remuneração, conhecimento sobre as malformações congênitas e opinião sobre a interrupção da gestação. A pesquisa foi aplicada em 122 mulheres com idade entre 18 e 49 anos, não grávidas, frequentadoras dessas UBS’s. Concluiu-se que 70% das participantes deste estudo apoiam a existência de escolha, por parte da mulher, pela interrupção ou não da gestação em caso de malformações congênitas incompatíveis com a vida. Sendo que, destas que apoiam, 86% são pertencentes à classe socioeconômica mais alta, com maior escolaridade e conhecimento sobre as implicações médicas das malformações congênitas.

Abstract/Resumen

The Brazilian legislation predicts the possibility of pregnancy interruption in case of risk to maternal life, sexual abuse or anencephaly, remaining without legal protection pregnant women of fetuses with congenital malformation incompatible with life. This way, this article shows the opinion of non-pregnant women living in a city of the north of Rio Grande do Sul state, about the interruption or maintenance of pregnancy due to malformation incompatible with life, in order to reflect adequate conducts to physical and mental health well-being of women and family members regarding the choice of pregnancy interruption and its socioeconomic correlations. Thus, an observational, analytical-cross-sectional field research was carried out in 9 Basic Health Units (UBSs) in the city of Erechim, in the form of questionnaires. The participants answered questions such as education level, salary, knowledge about congenital malformation and their opinion about pregnancy interruption. The research was applied to 122 non-pregnant women, aged between 18 and 49 years old, attending these UBSs. It was concluded that 70% of the participants of this study support the existence of the choice by the women, whether or not to interrupt pregnancy, in case of congenital malformation incompatible with live. As such, 86% of these women belong to high socioeconomic class, with higher education and knowledge about the medical implication of congenital malformation.

Instituição

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Curso/Programa

Departamento

Ciências da Saúde

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