A mutilação feminina durante a episiotomia: as consequências da violação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres

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2020

Resumo

O presente trabalho monográfico analisou quais são as consequências da violação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres durante a prática da episiotomia. Inicialmente, foi feita uma abordagem histórica acerca dos direitos fundamentais e sua origem, ressaltando a sua dificuldade de serem inseridos no meio comum, o que somente teve êxito com o avanço da humanidade em sociedade. Entretanto, em séculos passados a mulher não era igualada ao homem na obtenção desses direitos. Ao longo dos anos, as mulheres passaram a buscar igualdade com os homens, principalmente no tocante aos direitos sexuais e reprodutivos, que fazem parte dos direitos humanos. Todavia, esses direitos das mulheres ainda não são atingidos, visto que elas não possuem total liberdade e autonomia para decidir sobre aquilo que irá atingir sua integridade corporal, principalmente no tocante à violência obstétrica, a qual é considerada como uma espécie de violência de gênero, que geralmente decorre da dominação do homem e da submissão da mulher. Dentre os procedimentos realizados na hora do parto, existe uma incisão no períneo da mulher, a qual é denominada de episiotomia, que visa aumentar o canal vaginal para passagem do bebê. Ocorre que a episiotomia é indicada somente em poucos casos, mas acabou tornando-se uma prática corriqueira, muitas vezes realizada sem o consentimento e, tampouco, o conhecimento da gestante. A realização do procedimento nos casos em que não é indicado acaba gerando diversas consequências para as mulheres, as quais são abordadas neste trabalho. O método de pesquisa foi o indutivo, analítico-descritivo, através da técnica de pesquisa bibliográfica e documental.

Abstract/Resumen

This monographic work analyzed the consequences of violating women's sexual and reproductive rights during the practice of episiotomy. Initially, a historical approach was made about fundamental rights and their origin, highlighting their difficulty in being inserted into the common environment, which was only successful with the advancement of humanity in society. However, in past centuries women were not equated to men in obtaining these rights. Over the years, women have started to seek equality to men, especially with regard to sexual and reproductive rights, which are part of human rights. However, these women's rights aren’t still achieved, since they do not have complete freedom and autonomy to decide on what will affect their body integrity, especially with regard to obstetric violence, which is considered as a type of gender violence, generally arising from the domination of men and the submission of women. Among the procedures performed at the time of giving birth, there is an incision in the woman's perineum, which is called an episiotomy, which aims to increase the vaginal canal for the baby to pass. It turns out that episiotomy is indicated only in a few cases, but it ended up becoming a common practice, often performed without consent and, also, the pregnant woman's knowledge. The performance of the procedure in cases where it is not indicated ends up generating several consequences for women, which are addressed in this work. The research method was inductive, analytical-descriptive, using the technique of bibliographic and documentary research.

Instituição

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Curso/Programa

Departamento

Ciências Sociais Aplicadas

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