Trabalhos de Especializações
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- Importância do tratamento da coluna cervical nas DTMs: uma revisão bibliográfica(2018) Santos, Laís Bonato dos; Castro, Márcia Bairros deNos dias de hoje é comum ouvirmos falar de dores na boca e cabeça, decorrentes de problemas com a Articulação Temporomandibular (ATM). Usamos o termo DTM (Disfunção Temporomandibular) para reunir um grupo de afecções do sistema mastigatório, ATM e outras estruturas periféricas. Pacientes com essa disfunção apresentam como principal sintoma a dor miofascial associada à função mandibular alterada (AMANTÉA, NOVAES, CAMPOLONGO, 2004). Como cervical e ATM estão interligadas, pelo sistema muscular, ósseo e articular, é possível que alterações em uma das duas estruturas possam ocasionar diferentes alterações biomecânicas nas mesmas. A postura incorreta pode ser uma dessas causas. Foi observado que existe uma intima relação entre DTM e alterações na postura corporal. Devido a esta inter-relação, pacientes portadores de tal doença articular, apresentam também desvios posturais como anteriorização da cabeça, aumento da lordose cervical, e até desvios entre vértebras. Considerando que os desvios posturais desorganizam a harmonia corporal, com possíveis reflexos no sistema crâniocérvicomandibular, modalidades fisioterapêuticas como Pilates, Quiropraxia, Mulligan, Maitland, exercícios posturais, eletroterapia, reeducações proprioceptivas, entre outras, parecem beneficiar tanto as DTMs quanto os desvios posturais. No estudo de Calixtre et al., 2016, foram avaliados as funções mandibulares, oclusão bucal e dor pré e pós intervenção, os indivíduos que receberam intervenção em um protocolo tiveram como resultado uma melhora significativa da função mandibular e alívio de dor em indivíduos com DTM. Para evidenciar a relação entre cervical e ATM, Milanesi et al., 2013, apresenta um estudo da severidade da desordem temporomandibular e sua relação com medidas cefalométricas craniocervicais. Apresenta através dos resultados cefalométricos as alterações nos índices muscular e temporomandibular que sugerem a relação entre uma maior inclinação cervical baixa e uma maior severidade da DTM. Conclui-se, que com a intervenção fisioterapêutica de várias modalidades apresentam benefícios comprovados e colaboram para aliviar as dores musculares, aumentar a abertura e o fechamento bucal, reduzir pontos de tensão, melhorar a postura cervical e condilar. A disposição dos resultados estudados nesse artigo revela, no entanto, a necessidade de outros estudos investigarem os efeitos do tratamento da cervical em indivíduos com tais disfunções para criar-se evidências mais fortes sobre o tema.