Percepção dos profissionais da enfermagem frente aos cuidados de fim de vida de pacientes internados em unidade oncológica

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2024

Resumo

O estágio do câncer avançado, são tumores que não podem ser totalmente eliminados e curados. Frente a isso, o cuidado ao paciente deve ser ampliado para o cuidado paliativo (CP), tendo como objetivos amenizar o sofrimento e garantir qualidade de vida, conforto e dignidade ao paciente e a sua família. Os cuidados de fim de vida vão muito além da aplicação de protocolos, exige da equipe de enfermagem um planejamento atento e individualizado, aliado à empatia e a sensibilidade para promover um ambiente seguro e acolhedor ante a sua finitude. O objetivo geral desta pesquisa foi conhecer a percepção dos profissionais da enfermagem diante dos cuidados de fim de vida de pacientes internados em unidade oncológica. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa desenvolvido com 12 profissionais da enfermagem atuantes em uma Unidade de Internação Oncológica de um hospital privado ao norte do Rio Grande do Sul. A coleta dos dados iniciou após a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) sob o parecer nº 6.899.677. As entrevistas foram realizadas individualmente, no mês de julho de 2024, por meio de uma entrevista semiestruturada, composta por questões norteadoras. A técnica de análise empregada para o tratamento dos dados foi a análise temática, que originou três categorias: Percepção dos profissionais da enfermagem acerca dos cuidados de fim de vida; Profissionais da enfermagem e os cuidados de fim de vida: facilidades e dificuldades e; Vivências dos profissionais da enfermagem no processo de morte e as estratégias de enfrentamento. Com os resultados, observou-se que os entrevistados sentem gratidão em trabalhar em Unidade de Internação Oncológica e cuidar do paciente num momento tão delicado; além de reconhecer a importância de um final de vida tranquilo, sem dor e em paz. As facilidades estão no acolhimento, no apoio e conforto para o paciente e sua família. Além do suporte da equipe multiprofissional e parceria entre profissionais e familiares. As dificuldades estão relacionadas na comunicação com paciente e família. A vivência da morte em pacientes jovens e com sofrimento provoca um maior impacto emocional na enfermagem e independente do contexto, o enfrentamento da finitude se torna um desafio. As estratégias de enfrentamento utilizadas são: distanciamento, tentativa de separação entre a vida pessoal e profissional e a busca de conforto na sua família. Nota-se a necessidade de educação continuada no ambiente de trabalho, além do apoio e acompanhamento psicológico para a equipe. Espera-se que os dados deste estudo possam contribuir para maiores reflexões frente aos cuidados de fim de vida, com maior segurança e confiança nas ações da enfermagem, melhor enfrentamento frente às perdas e consequentemente, promoção de um cuidado humanizado aos pacientes e familiares, visando a “bela morte”, a morte que faz sentido na história de cada pessoa.

Abstract/Resumen

The stage of advanced cancer refers to tumors that cannot be completely eliminated and cured. In view of this, patient care must be expanded to palliative care (PC), with the aim of alleviating suffering and ensuring quality of life, comfort and dignity for the patient and their family. End-of-life care goes far beyond the application of protocols; it requires careful and individualized planning from the nursing team, combined with empathy and sensitivity to promote a safe and welcoming environment in the face of finitude. The general objective of this research was to understand the perception of nursing professionals regarding end-of-life care for patients admitted to an oncology unit. This is a descriptive study with a qualitative approach developed with 12 nursing professionals working in an Oncology Inpatient Unit of a private hospital in northern Rio Grande do Sul. Data collection began after approval by the Research Ethics Committee (CER) under opinion No. 6,899,677. The interviews were conducted individually in July 2024, using a semi-structured interview composed of guiding questions. The analysis technique used to treat the data was thematic analysis, which resulted in three categories: Nursing professionals' perception of end-of-life care; Nursing professionals and end-of-life care: advantages and disadvantages; and Nursing professionals' experiences in the death process and coping strategies. The results showed that the interviewees felt grateful to work in an Oncology Inpatient Unit and care for patients at such a delicate time; in addition to recognizing the importance of a peaceful, painless, and peaceful end of life. The advantages are the welcoming, support, and comfort for the patient and their family, in addition to the support of the multidisciplinary team and the partnership between professionals and family members. The difficulties are related to communication with the patient and family. The experience of death in young and suffering patients causes a greater emotional impact on nursing and, regardless of the context; coping with finitude becomes a challenge. The coping strategies used are: distancing, attempts to separate personal and professional life, and seeking comfort in the family. There is a need for continuing education in the workplace, in addition to psychological support and monitoring for the team. It is expected that the data from this study can contribute to greater reflections on end-of-life care, with greater security and confidence in nursing actions, better coping with losses and, consequently, promotion of humanized care for patients and family members, aiming at the “beautiful death”, the death that makes sense in each person's story.

Instituição

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Curso/Programa

Departamento

Ciências da Saúde

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