Ciências da Saúde
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- Estratégias adotadas pela enfermagem na prevenção de lesão por pressão em uma instituição de longa permanência para idosos(2024) Casagrande, Camille Castilhos; Carneiro, Alessandra SuptitzHá uma mudança demográfica global devido a menor taxa de natalidade e alta longevidade, o que resulta em um aumento significativo da população idosa. Para tanto, é indispensável oferecer cuidados adequados a pessoa idosa, seja em seus lares ou em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Entre as ações de cuidado, a enfermagem deve considerar, sobretudo, os agravos que mais acometem os idosos, a exemplo da Lesão por Pressão (LPP), que acomete principalmente idosos restritos ao leito. Logo, entende-se que a prevenção de LPP é de extrema importância no contexto da ILPI. Objetivo: Compreender quais são as estratégias adotadas pela equipe de enfermagem para a prevenção de LPP em pessoas idosas residentes em uma ILPI. Método: Pesquisa descritiva e exploratória, realizada com nove profissionais da equipe de enfermagem de uma ILPI. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, presencial, norteada por um roteiro elaborado pela autora. Os dados foram gravados, transcritos e analisados através da Análise de Conteúdo de Bardin. Foram respeitos os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Os resultados obtidos durante a pesquisa mostram que os cuidados de enfermagem em relação à LPP nos idosos em ILPI focam principalmente na prevenção por meio da avaliação contínua da pele, na mobilização adequada e hidratação, além do uso de superfícies especializadas para alívio de pressão. A prática sistemática dessas intervenções contribui para a redução da incidência e severidade das lesões, promovendo uma melhor qualidade de vida para os residentes. Considerações finais: Os cuidados de enfermagem voltados à prevenção e manejo das lesões por pressão em idosos em ILPI são essenciais para a promoção da saúde e bem-estar dos residentes. Dessa forma, esse trabalho contribui ao enfatizar a importância de práticas sistemáticas e personalizadas para a melhoria da qualidade do cuidado e a redução dos riscos dessas complicações.
- Fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados à não adesão do tratamento por pacientes com esquizofrenia(2024) Baldo, Chaiane Érica Giacomel; Carneiro, Alessandra SuptitzIntrodução: A reforma psiquiátrica no Brasil trouxe diversos avanços para o cuidado em saúde mental, contudo ainda existem barreiras para avançar nesse contexto. Sobretudo, para aquelas doenças de difícil compreensão e manejo clínico, a exemplo da esquizofrenia. Para tanto, a adesão ao tratamento é fundamental para um bom prognóstico. Objetivo: identificar e descrever quais são os fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados a não adesão do tratamento por pacientes com esquizofrenia. Método: trata-se de uma revisão de literatura da integrativa, realizada em agosto de 2024 na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na PubMed Central (MEDLINE). A estratégia de busca combinou palavras-chave e/ou sinônimos, Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH) de forma combinada com operadores booleanos. Foi adotada a revisão dupla independente. As publicações foram organizadas em um quadro sinóptico para análise dos resultados. Quanto aos critérios de inclusão adotados: artigos originais, disponíveis online e na íntegra, publicados nos idiomas português, inglês ou espanhol e que respondam à questão de pesquisa. Foram excluídos artigos de revisão, ensaios teóricos e estudos metodológicos. Estudos duplicados foram incluídos uma única vez. Resultados: Foram incluídos 11 artigos nesta revisão, que destacaram como os seguintes fatores intrínsecos relacionados a não adesão do tratamento por pacientes com esquizofrenia: dificuldade em autogerir o tratamento, maior idade, ser do sexo masculino, solteiro, desempregado, possuir comodidades, fazer uso de álcool e drogas, residir na área urbana, não buscar auxílio de terapias alternativas e complementares, desinformação acerca da doença, dificuldade em equilibrar trabalho e estudo, e ter consciência da doença. Além disso, nota-se que experiências negativas em relação à doença e ao tratamento profissional, também podem afetar a adesão. Entre os principais fatores extrínsecos pode-se citar: dificuldades encontradas nos hospitais e serviços de saúde mental, atuação da política, rejeição da rede familiar e comunidade, ameaça do estigma, conveniência de recursos médicos e aquisição e utilização de apoio social e efeitos colaterais da medicação. Considerações finais: há necessidade de fortalecer o autocuidado dos pacientes e a atuação dos profissionais; também investir nos serviços de saúde e em políticas públicas que promovam qualificação do cuidado de forma segura e eficaz.