Enfermagem
URI permanente para esta coleçãohttps://repositorio.uricer.edu.br/handle/35974/56
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- Perfil epidemiológico das internações nas unidades de terapia intensiva de um município da região norte do Rio Grande do Sul(2021) Zin, Cristian Felipe Fantin; Kessler, MarcianeCom o passar dos anos a tecnologia ganhou notoriedade e se intensificou no âmbito da ciência da saúde, surgindo grandes avanços tecnológicos a fim de proporcionar uma assistência adequada, efetiva e de maior qualidade. Neste contexto, surgem as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), na qual são ambientes de alta complexidade no meio intra-hospitalar, com o objetivo de oferecer suporte avançado de vida para variados níveis de comprometimento em pacientes críticos. A capacidade de ocupação de leitos de UTI vem aumentando de forma exacerbada nos últimos anos, agravando a demanda futura reprimida e evidenciando uma escassez assistencial pela superlotação dos serviços de saúde. Outro fator que deve ser considerado são os efeitos da transição demográfica, atrelada à redução da taxa de natalidade e ao envelhecimento da população, alterando o perfil epidemiológico dos pacientes internados em UTI. Neste contexto, conhecer o perfil epidemiológico das internações subsidia a gestão e gerenciamento do serviço, melhorando a qualidade da assistência, a organização e os resultados alcançados. O objetivo da pesquisa foi analisar o perfil epidemiológico das internações hospitalares em uma unidade de terapia intensiva do município de Erechim, Rio Grande do Sul. Tendo como objetivos específicos conhecer as características sociodemográficas dos pacientes; identificar a prevalência das causas de internações e avaliar a evolução clínica dos pacientes. O presente estudo trata-se de um estudo quantitativo, com delineamento transversal e retrospectivo. Para a pesquisa foram analisados dados secundários referentes à informações cadastrais dos pacientes internados em uma das UTIs do município. Estas informações foram fornecidas pela instituição hospitalar sem identificação de pacientes e familiares. As variáveis exploradas na pesquisa foram: idade, sexo, estado civil, município da residência, motivo da internação (CID-10), e dados referentes à evolução clínica (alta, transferência de unidade ou setor e óbitos). Os dados foram codificados e analisados em uma planilha Excel. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva das variáveis. Os resultados encontrados na presente pesquisa evidenciaram que entre o total de admitidos de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2020, a maioria são idosos (≥ 60 anos), do sexo masculino e casados/concubinatos. Pode-se perceber que as transferências após o período da UTI para outros setores de internação têm proporções maiores em adultos- jovens e diminuem conforme o aumento das faixas etárias. No que tange as internações diretas na UTI, a maior proporção está entre a população mais adulto/jovem relacionando às causas externas (e outros) e aumento de transferências de outras unidades de internação para a UTI entre pessoas de mais idade, pois estas possuem mais condições crônicas, que geralmente complicam ou agravam de forma mais lenta. O sexo masculino obteve o maior número de altas em comparação com o sexo feminino, sendo maiores em pacientes solteiros e separados, pois se trata de uma população mais jovem. Quanto aos óbitos, a maior porcentagem de mortalidade foi em viúvos. O município de Erechim apresentou os maiores índices de internação e no que tange aos indicadores de altas, os municípios que tiveram maiores prevalências foram Aratiba e Campinas do Sul. Considerando os capítulos da CID-10, admissões no período de 10 anos ocorreram principalmente por doenças do aparelho circulatório, seguido de sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, doenças do aparelho respiratório, doenças do aparelho digestivo, lesões, envenenamento e algumas causas externas e neoplasias (tumores). A principal causa de óbito no período estudado foi por doenças infecciosas e parasitárias dentre elas a sepse não especificada tendo mais proporção dentro do grupo. Entretanto, considerando a ordem de classificação das causas especificas de óbitos deste estudo, sem considerar o capítulo da CID-10, vale destacar que prevalecem as causas do aparelho circulatório. No que tange a variável de altas, os pacientes com melhor evolução clínica foram aqueles com nos seguintes Capítulos de CID-10: sintomas, sinais e achado anormais de exames clínicos e de laboratório seguido de doenças do aparelho geniturinário e em terceiro lugar para o capitulo de doenças do aparelho digestivo. Por meio deste estudo foi possível conhecer o perfil epidemiológico das internações na unidade de terapia intensiva auxiliando na gestão do serviços e ações para melhoria da assistência à saúde.
- Perfil epidemiológico dos casos hospitalizados por COVID-19 na 11ª Coordenadoria Regional de Saúde(2021) Moro, Luiza Carolina; Kessler, MarcianeEm dezembro de 2019, a OMS recebeu notificações de casos insólitos de pneumonia na cidade de Wuhan na China com confirmação do agente causador em janeiro de 2020, chamado de coronavírus e a doença denominada como Covid-19 Em março de 2020, a Covid-19 foi declarada pela OMS uma pandemia. No Brasil, a doença foi reconhecida em final de fevereiro de 2020, após a confirmação do primeiro caso oriundo do continente europeu e, em final de março o Ministério da Saúde decretou o estado de transmissão comunitária em território nacional. A Covid-19 atinge diferentes públicos de diferentes maneiras que em sua maioria apresentam sintomas que iniciam de forma mais leve, como, febre, cansaço e tosse seca, tais sintomas caracterizam uma Síndrome Gripal (SG). Alguns sintomas em sua forma mais ativa podem apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça, perda de paladar ou olfato, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, erupção cutânea na pele ou descoloração das extremidades, como dedos das mãos ou dos pés. No entanto, uma em cada seis pessoas que positivaram para Covid-19 tem sintomas mais graves que correspondem a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esta desencadeia o desconforto respiratório mais severo, como a dispneia, pressão ou dor persistente no tórax, saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto. De forma geral, os sintomas mais graves estão presentes em populações consideradas de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Neste contexto destaca-se a importância de traçar um perfil epidemiológico das hospitalizações por Covid-19 para melhor conhecer a situação de saúde. Diante deste contexto, tem-se como objetivo geral analisar o perfil epidemiológico dos casos hospitalizados por covid-19 na 11ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, quantitativo, cujos dados secundários serão obtidos por meio de consulta à base de dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). Os participantes do estudo serão o total da população acometidos pela Covid-19 e hospitalizada com SRAG, no período de janeiro de 2020 a agosto de 2021, na 11ª CRS do RS. A coleta de dados aconteceu entre os meses de agosto e setembro de 2021 após a avaliação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da URI Erechim e das instituições. A análise dos dados será realizada por meio de estatística descritiva das variáveis e de associação utilizando qui-quadrado, com o software estatístico. Em suma, o estudo revelou que a 11°CRS teve a maioria dos casos hospitalizados de SRAG por Covid-19 e em sua maioria eram do sexo masculino e da faixa etária foi de 60 anos ou mais. Os sintomas relevantes foram, desconforto respiratório, dispneia, tosse, saturação O2 <95%. As doenças mais predominantes (comorbidades) foram as cardiopatias, diabetes e obesidade. A prevalência de internações por SRAG durante a pandemia com pelo menos um fator de risco foi de 61% e de hospitalizados que evoluiram ao óbito foi de 24%. Esteve associado á presença de de um ou mais fatores de risco as variáveis sexo, faixa etária, nível de escolaridade e ano de internação. Esteve associado à mortalidade a faixa etária, nível de escolaridade, cor da pele, zona de residência e presença de fatores de risco. Os resultados evidenciam a determinação social na hospitalização e mortalidade por Covid-19 na região da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde.
- Transtornos mentais em profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19: uma revisão integrativa da literatura(2021) Moraes, Larissa de; Kessler, MarcianeNo final do ano de 2019 quatro pessoas deram entrada em um hospital de Wuhan na China como quadro de pneumonia, por um nomeado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de fevereiro de 2020 como SARS-CoV-2. Rapidamente a COVID-19, doença provocada pelo vírus, constituiu uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional no dia 30 de Janeiro de 2020. Com a pandemia surgiram diversos questionamentos e preocupações em relação a mortalidade da doença, agravamento de problemas preexistentes, os profissionais de saúde foram extremamente afetados pela doença, em diversos aspectos. O objetivo deste estudo é conhecer quais são os transtornos mentais, determinados pela Covid-19, que ocorrem entre os profissionais de enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura utilizando-se da estratégia PICo, foi realizada a partir das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e National Library of Medicine and National Institutes of Health (PubMed), pelo livre acesso da biblioteca da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) portal CAPES, em 11 de agosto de 2021. Os estudos passaram por processo de classificação para inclusão na qual ao final do processo foram selecionados 79 estudos que posteriormente foram mesmos categorizados quanto ao ano de publicação, país de origem e temáticas. No ano de 2020, 31,6% dos artigos foram publicados e 54 (68,4%) em 2021, destes a maioria (35,4%) foram elaborados na China. Em relação as temáticas mais frequentes, 80% dos estudos publicados abordavam mais que uma condição de saúde entre os profissionais de enfermagem. Os problemas e transtornos mentais mais estudados foram Síndrome de Burnout, seguido de Depressão, Ansiedade, Transtorno de Estresse Pós Traumático, Insônia, inteligência emocional, resiliência e condições de trabalho. Desta forma o presente estudo demonstrou a importância de abordar e pesquisar estas temáticas entre os profissionais. Os resultados mostram que as equipes de enfermagem, em especial àqueles que atuam na linha de frente, estão extremamente doentes em decorrência da pandemia. Estes resultados tratam de consequências a curto prazo, ainda não é possível avaliar as consequências a médio e longo prazo. Faz-se necessário pensar em ações de prevenção e de cuidado para estes profissionais, no muito de amenizar os impactos da pandemia na saúde e qualidade de vida. Este contexto deixou mais nítido para a sociedade a importância da enfermagem e reforça a necessidade de valorização desta classe profissional.