Enfermagem
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- Perfil epidemiológico dos casos hospitalizados por COVID-19 na 11ª Coordenadoria Regional de Saúde(2021) Moro, Luiza Carolina; Kessler, MarcianeEm dezembro de 2019, a OMS recebeu notificações de casos insólitos de pneumonia na cidade de Wuhan na China com confirmação do agente causador em janeiro de 2020, chamado de coronavírus e a doença denominada como Covid-19 Em março de 2020, a Covid-19 foi declarada pela OMS uma pandemia. No Brasil, a doença foi reconhecida em final de fevereiro de 2020, após a confirmação do primeiro caso oriundo do continente europeu e, em final de março o Ministério da Saúde decretou o estado de transmissão comunitária em território nacional. A Covid-19 atinge diferentes públicos de diferentes maneiras que em sua maioria apresentam sintomas que iniciam de forma mais leve, como, febre, cansaço e tosse seca, tais sintomas caracterizam uma Síndrome Gripal (SG). Alguns sintomas em sua forma mais ativa podem apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça, perda de paladar ou olfato, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, erupção cutânea na pele ou descoloração das extremidades, como dedos das mãos ou dos pés. No entanto, uma em cada seis pessoas que positivaram para Covid-19 tem sintomas mais graves que correspondem a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esta desencadeia o desconforto respiratório mais severo, como a dispneia, pressão ou dor persistente no tórax, saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto. De forma geral, os sintomas mais graves estão presentes em populações consideradas de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Neste contexto destaca-se a importância de traçar um perfil epidemiológico das hospitalizações por Covid-19 para melhor conhecer a situação de saúde. Diante deste contexto, tem-se como objetivo geral analisar o perfil epidemiológico dos casos hospitalizados por covid-19 na 11ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, quantitativo, cujos dados secundários serão obtidos por meio de consulta à base de dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). Os participantes do estudo serão o total da população acometidos pela Covid-19 e hospitalizada com SRAG, no período de janeiro de 2020 a agosto de 2021, na 11ª CRS do RS. A coleta de dados aconteceu entre os meses de agosto e setembro de 2021 após a avaliação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da URI Erechim e das instituições. A análise dos dados será realizada por meio de estatística descritiva das variáveis e de associação utilizando qui-quadrado, com o software estatístico. Em suma, o estudo revelou que a 11°CRS teve a maioria dos casos hospitalizados de SRAG por Covid-19 e em sua maioria eram do sexo masculino e da faixa etária foi de 60 anos ou mais. Os sintomas relevantes foram, desconforto respiratório, dispneia, tosse, saturação O2 <95%. As doenças mais predominantes (comorbidades) foram as cardiopatias, diabetes e obesidade. A prevalência de internações por SRAG durante a pandemia com pelo menos um fator de risco foi de 61% e de hospitalizados que evoluiram ao óbito foi de 24%. Esteve associado á presença de de um ou mais fatores de risco as variáveis sexo, faixa etária, nível de escolaridade e ano de internação. Esteve associado à mortalidade a faixa etária, nível de escolaridade, cor da pele, zona de residência e presença de fatores de risco. Os resultados evidenciam a determinação social na hospitalização e mortalidade por Covid-19 na região da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde.