Ciências da Saúde

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Avaliação da qualidade de vida e funcionalidade: observação nas doenças neurodegenerativas x lesões neurológicas abruptas
(2019) Roscziniak, Taira; Castro, Márcia Bairros de
As doenças neurodegerativas são condições que afetam os neurônios do sistema nervoso central. Essas doenças são incuráveis e debilitantes e têm como consequência a degeneração progressiva e/ou morte dos neurônios, levando assim à perda progressiva de habilidades motoras, memória e alterações cognitivas. Já as doenças neurológicas abruptas são situações que acometem o sistema nervoso central de forma rápida e não progressiva. A falta de estudos na comparação da qualidade de vida (QV) e funcionalidade de pacientes com doenças degenerativas e neurológicas abruptas tornou-se motivo da presente investigação. O objetivo desse estudo foi observar se há melhor QV e funcionalidade em pacientes com doenças neurodegenerativas ou abruptas através das escalas Whoqol Bref para QV e Índice de Barthel para funcionalidade. Os resultados obtidos demonstraram que na avaliação da QV os escores que mais pontuaram foi percepção da QV (3,7) no grupo de doenças degenerativas e meio ambiente (4,1) (p = 0,028) no abruptas. Já o que menos pontuou foi o físico para os dois grupos (3,7 e 3,1 respectivamente). Na Funcionalidade os itens com maior pontuação foi nas transferências e deambulação (11,9) no grupo de doenças neurodegenerativas e transferências (12,7) no abruptas. Já as menores pontuações foi no item banho (3,8) no grupo degenerativas e Higiene (4) no abruptas. Conclui-se assim que a funcionalidade e QV são muito semelhantes entre os grupos, percebendo-se média de qualidade de vida considerada regular nos dois grupos, mesmo que a funcionalidade tanto para os indivíduos com lesão neurológica neurodegenerativas e abruptas sejam consideradas dependência leve.
Efeitos de um treinamento de dupla tarefa em indivíduos com Parkinson
(2021) Meneghetti, Gisele; Castro, Márcia Bairros de
O Parkinson possui uma etiologia multifatorial e é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, afetando principalmente idosos. O indivíduo acometido apresenta hipocinesia, bradicinesia, instabilidade postural, rigidez muscular, podendo estar presente o tremor de repouso. Esta é uma pesquisa com finalidade aplicada, de natureza quase-experimental, longitudinal, com objetivo exploratório e abordagem quantitativa descritiva que teve como objetivo avaliar os efeitos de um treinamento de dupla tarefa no equilíbrio e risco de queda, avaliados por meio da Escala de Equilíbrio de Berg, velocidade da marcha com o teste TUG, cognição com o MEEM e qualidade de vida utilizando o questionário PDQ-39 em indivíduos com Parkinson. A amostra não-probabilística de caráter intencional foi de dois participantes, residentes no município de São Valentim-RS. As sessões foram individualizadas, domiciliares, duas vezes por semana, com duração de 50 minutos cada, durante 8 semanas, sendo a primeira e a última sessão destinadas para avaliação e reavaliação, totalizando 14 sessões de intervenção, havendo a aplicação do protocolo treinamento de dupla tarefa, que consiste na realização de duas atividades simultaneamente. A análise de dados foi feita por meio de estatística descritiva simples. Os participantes da pesquisa apresentaram melhoras em todas as variáveis analisadas, dessa forma, conclui-se que o treinamento de dupla tarefa levou a um aumento na velocidade da marcha, melhora do equilíbrio, da cognição e da qualidade de vida e reduziu o risco de queda em indivíduos com Parkinson, podendo ser incluído nos planos de tratamento fisioterapêutico, entretanto, mais pesquisas são necessárias, com um maior número de participantes.
Efeitos psicomotores de um tratamento com terapia assistidade por cães em uma criança com Síndrome de Down
(2021) Giorgi, Fabiana Paula; Castro, Márcia Bairros de
Síndrome de Down (SD), como já se sabe, possui origem genética e apresenta alterações que iniciam no momento da fecundação e permanecem a vida toda. As principais alterações são atraso no desenvolvimento motor, como na motricidade fina e global. A fisioterapia é importante para esses indivíduos e sabemos que a adesão de crianças a tratamentos é muito difícil, por isso é necessário criar novas abordagens terapêuticas como a Terapia Assistida por Cães (TAC). A presença do cão gera um ambiente mais lúdico e confortável, com isso os pacientes conseguem se expressar melhor e realizam todas as atividades que são sugeridas, resultando na melhora dos déficits existentes. O objetivo da pesquisa foi trabalhar a psicomotricidade em uma criança com Síndrome de Down de 2 anos de idade. Foi avaliado a motricidade fina e global da criança pela Ages & Stages Questionnaires- ASQ-3, sendo levado em conta sua idade através da Tabela de Administração por Idade-ASQ-3. Estudo de caso com avaliação qualiquantitativa, pré e pós intervenção. Os dados deste estudo foram analisados com a comparação dos escores obtidos, antes e após a intervenção. Como resultado, não houve mudanças significativas na reaplicação do questionário, mas houve melhora qualitativa em aspectos como controle de tronco, início da marcha sem apoio e da fase oral, e melhora dos aspectos sociais. A TAC traz benefícios sobre o desenvolvimento em crianças com SD e se mostra como uma nova oportunidade de tratamento lúdico na fisioterapia.